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Mau hálito ?

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A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é o odor desagradável presente no ar exalado pela boca que pode causar repulsa nas pessoas que se relacionam com quem sofre desse distúrbio. Ela pode ser causada por vários fatores, dentre eles estão as doenças bucais como gengivite, periodontite, cáseo, amigdalite, tártaro e abscesso dentário, mas a principal delas está relacionada à má higienização da boca, especialmente da língua.

O fundo da língua contém um grande número de pequenas criptas nas quais as bactérias presentes na boca podem se acomodar e passam a digerir as proteínas dos restos alimentares que ficam retidos. Mesmo com escovação, em alguns momentos o nosso organismo libera cheiros desagradáveis, o mesmo acontece quando se passa um longo período sem comer, como por exemplo, ao acordar.

Segundo a dentista da família que atende na Unidade de Saúde da Família (USF) da Arse 82 (806 Sul), Juliursula Coêlho Ferreira, isso acontece devido uma menor produção de saliva ou ressecamento da boca, por causa de um jejum prolongado, exposição ao ar condicionado, respiração pela boca ou quando a pessoa fica muito tempo sem beber água ou se hidratar de alguma forma.

“Não adianta escovar cinco vezes se não for da maneira correta. O ideal é fazer, no mínimo, três escovações ao longo do dia e passar o fio dental diariamente, pelo menos uma vez”, afirma. Ela ainda reforça que comidas saudáveis diminuem a proliferação de bactérias ruins que causam o mau cheiro.

Outros fatores que causam halitose

Além da má escovação e doenças bucais, o uso de alguns medicamentos controlados, consumo excessivo de álcool, cigarros, estresse, falta de vitaminas no organismo ou deficiência nutricional também podem gerar esse transtorno no indivíduo.

Assim como problemas digestivos, como a erupção gástrica, dispepsia, H. pylori, neoplasias e úlcera duodenal também desencadeiam o mau hálito. E ainda os fatores de origem metabólica e sistêmica como a diabetes, enfermidades febris e alterações hormonais.

Problemas desencadeados

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a halitose em geral aflige cerca de 40% da população mundial e é considerado um problema de saúde com consequências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas sérias. Normalmente ele não costuma ser percebido pelos portadores do distúrbio, mas pode provocar repulsa nas pessoas que se relacionam com eles.

De acordo com o psicólogo da Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Daniel Marques do Santos, esse transtorno pode causar um isolamento social, gerado pelas pessoas do ciclo de convivência ao evitar falar e relacionar com o portador e até mesmo um retraimento social da pessoa constrangida ao perceber essa situação. Isso pode desenvolver um problema de autoestima baixa, sentimento de menos valia, insegurança e, caso a halitose não seja tratada, pode agravar para um quadro depressivo.

Maneira correta de higienização

A escovação deve ser feita com movimentos de varredura. Nos dentes superiores a escova deve seguir o fluxo de cima para baixo e nos inferiores de baixo para cima. Nos dentes da região posterior, que tem a função de amassar os alimentos, os movimentos devem ser de vai e vem. Na língua, que concentra uma grande quantidade de bactérias e células mortas, o aconselhado é limpá-la em cada escovação, preferencialmente com raspador de língua ou com a própria escova fazendo movimentos de dentro para fora.

O fio dental serve para alcançar espaços que a escova não alcança, chamados de interdentais, facilitando a remoção dos restos alimentares. Para complementar a higiene correta, pode ser utilizado os antissépticos (sem álcool). Eles ajudam em relação ao hálito, mas não é suficiente, porque o que remove a placa bacteriana é a escovação.

Texto: Redação Semus

Edição: Deni Rocha/Secom

 

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