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“Eu fui negligente ao não usar o cinto de segurança e isso me trouxe consequências”

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A sala de atendimento em enfermagem da UBS (Unidade Básica de Saúde) Palmeiras do Norte, em Araguaína, simboliza uma história de superação depois que uma falta de atenção em um acidente grave quase  deixou Tamara  paraplégica.

Em 2019, ela e o ex-namorado seguiam para um passeio nas cachoeiras da região, mas a viagem foi interrompida já nos primeiros quilômetros. “Houve uma colisão, saímos da pista, caímos em uma ribanceira e o carro capotou várias vezes”.

 

O capotamento se tornou ainda mais grave porque Tamara e o motorista estavam sem o cinto de segurança. “Eu sofri uma fratura de coluna na vértebra que causou uma lesão na medula. Na época, o diagnóstico que recebi foi de paraplegia, eu ia ficar paralisada da cintura para baixo, os médicos disseram que eu não ia andar mais”, conta Tamara.

 

Tamara, que é enfermeira, precisou oito parafusos na coluna e, na melhor das hipóteses, segundo os médicos, conseguiria pelo menos ficar sentada. Ao relembrar reconhece “Eu fui negligente ao não usar o cinto e isso me trouxe consequências. Eu não posso culpar ninguém, a responsabilidade foi toda minha”.

 

“Eu não queria ficar refém do que me aconteceu. Faço um acompanhamento no Hospital Sara Kubitschek, mantenho  pilates e  exercícios físicos. Eu sou considerada um bom prognóstico para o meu caso, porque era para eu ficar sentada em uma cadeira de rodas para sempre” , afirma a enfermeira,  igual a de qualquer outra pessoa

 

 

Ela sabe que não consegue fazer algumas coisas com a mesma agilidade de antes, mas faz mesmo assim, mais devagar. “Minha mobilidade não voltou totalmente, ainda preciso do apoio de uma bengala para caminhar, subir escadas, mas eu consigo. Também consigo dirigir normalmente e meu carro não precisou ser adaptado para PCD”.

 

 

Desistir nunca existiu no vocabulário da enfermeira. Mas ela reconhece que tudo poderia ser diferente se tivesse tomado a simples decisão de colocar o cinto de segurança. Por isso, a lição foi mais que aprendida.

 

 

“Mesmo que muitos acidentes não sejam nossa responsabilidade, mas de terceiros, é preciso fazer a nossa parte. Hoje, quando entro no carro, a primeira coisa que faço é colocar o cinto.

 

E chamo atenção de quem está do meu lado também. Antes eu não praticamente não usava e tive que passar por esse trauma para ter essa consciência”, compartilha Tamara.

 

 

Além das fisioterapias e academia, Tamara investiu no pilates para ganhar mais flexibilidade e diminuir as dores
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