Quem deve tomar os medicamentos antirretrovirais PrEP e PEP
Essas medicações ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. foto-Raiza-Milhomem
Segundo o Ministério da Saúde (MS), a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEp) é o uso de medicamentos antirretrovirais antes da exposição do HIV para impedir a multiplicação do vírus no organismo humano, reduzindo a probabilidade da pessoa ser infectada. A PrEP deve ser utilizada se alguém se encontra em alto risco de contrair o HIV. Essas medicações ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.
Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o vírus em situações como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da mesma), acidente de trabalho com instrumentos que perfuram e cortam, pessoas que vivem com alguém com HIV, não tem parceria fixa, faz programas sexuais, tem parceria fixa, mas mantém casos extra-relacionamentos ou em contato direto com material biológico.
A Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus) informa que a PrEP está disponível no Núcleo de Assistência Henfil, no Centro de Atenção Especializada à Saúde Dr. Ewaldo Borges Resende, localizado na Quadra ACSU SE 110 (1.102 Sul). Sobre a PEP, a população pode ter acesso na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, na UPA Sul, no Hospital Geral de Palmas (HGP) e Hospital e Maternidade Dona Regina.
Segundo a coordenadora do Henfil, Ginã Brasileira Sousa, no caso da PrEP, os remédios devem ser tomados por aqueles que possam vir a ser expostos ao vírus e devem ter o teste negativo feito nos últimos sete dias. Se houve uma exposição de risco prévio, é necessário aguardar a testagem de janela imunológica que é de 30 dias e então, com o teste negativo, poder iniciar a PrEP. A profissional descreve ainda que é ingerido um comprimido por dia composto por tenofovir+emtricitabina.
A coordenadora também explica que para quem precisa tomar a PEP, a administração é feita atualmente com o esquema diário de dois comprimidos: um de tenofovir+lamivudina e um de dolutegravir por 30 dias. Ela ainda destaca que a PEP é para caso de urgência e deve ser iniciada o mais rápido possível, de preferência nas duas primeiras horas e em no máximo 72 horas.
Sobre o HIV
Conforme o MS, o HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Ele é responsável por causar a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em inglês), que enfraquece o sistema imunológico e torna o corpo vulnerável a doenças. A Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, resultando no enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e no surgimento de doenças oportunistas.
A Semus destaca que esses métodos não servem para substituir a camisinha, por ser imprescindível que os indivíduos se protejam e realizem periodicamente testes e exames para a detecção deste agente infeccioso. As Unidades de Saúde da Família (USF) da capital oferecem gratuitamente preservativos e testes rápidos para toda a população.
Texto: Annady Borges – estagiária sob supervisão da Coordenação de Jornalismo da Semus/Palmas
Edição: Secom