Dejetos retirados de bueiros e galerias pluviais em Araguaína somam quase três mil metros cúbicos
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A Prefeitura de Araguaína já retirou, este ano, quase três mil metros cúbicos de lixo e outros materiais que estavam obstruindo as galerias e tubulações que fazem parte da rede de drenagem pluvial da cidade. O volume retirado, em pouco mais de um mês, é suficiente para encher quase três piscinas olímpicas.
O sistema conhecido como Hidrojato de Ultra Pressão utiliza a força da água para desobstruir bueiros e galerias que captam a água das chuvas, sem causar danos ao sistema de drenagem da cidade. De acordo com o secretário da infraestrutura, Frederico Prado, o objetivo é agilizar o trabalho de manutenção da rede de captação, que até então era feito manualmente.
Monitoramento robótico
Para ajudar na identificação das redes que estão sendo obstruídas pelo lixo jogado de forma irregular, o Município também tem utilizado um sistema de inspeção robótica por vídeo, que faz a detecção e o diagnóstico de interferências.
Com a utilização do robô guiado por controle remoto também é possível identificar quebras, bolsões, torcidas e entupimentos para que o serviço de prevenção e correção na rede possa ser realizado de forma mais efetiva.
Caso seja verificada alguma ligação clandestina de esgoto durante o monitoramento, são realizados testes de fumaça e corante, que identifica o responsável pela ligação. O morador é notificado e, caso a situação não seja regularizada, ele poderá ser multado com base na Lei Federal de Crimes Ambientais nº 9.605/98, que prevê multa de R$ 5.000 a R$ 50 milhões de acordo com o tipo de crime ambiental.
Destinação correta
Durante a desobstrução por hidrojato, todo o material é removido por sucção e armazenado em um caminhão, que encaminha o resíduo para o local adequado de acordo com o tipo de material encontrado, como resíduos inertes ou materiais orgânicos.
“Atualmente a manutenção dessas galerias em Araguaína é contínuo e monitorado diariamente para garantir o bom funcionamento da rede, mas é importante que haja a colaboração da comunidade, pois grande parte do material retirado é de lixo doméstico, que acaba obstruindo as tubulações e causando alagamentos nas ruas”, explica a engenheira de produção do município, Hélida Miguel.
Felipe Maranhão
Fotos: Marcos Sandes Filho/Secom Araguaína
