Saúde de Palmas reforça cuidados contra Aedes aegypti com aumento do período chuvoso
Recipientes-que-sejam-propicios-para-o-acumulo-de-agua-como-casca-de-ovos-tampinhas-de-garrafa-plasticos-em-geral-devem-ser-recolhidos-sempre.-Foto-Raiza-Milhomem.jpg
Com a chegada das festas do final de ano, período em que muita gente viaja, o cuidado contra o Aedes aegypti não deve ser deixado de lado. Com o aumento do período chuvoso, a atenção deve ser redobrada com o mosquito que transmite dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Para prevenir a proliferação do vetor, a coordenadora técnica do controle vetorial da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus), Lara Betânia Melo Araújo, orienta sobre medidas simples que devem ser tomadas pela população em casa.
As orientações da profissional consideram que a maior parte dos criadouros, ou seja (80%), está concentrada nos imóveis, em itens como lixo, vasilhames com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, pneus, dentre outros. O dado faz parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), feito em novembro pela UVCZ da Semus.
A profissional afirma que basta 10 minutos por semana para inspecionar a casa/quintal e eliminar criadouros do mosquito. No caso de quem for ficar mais de uma semana fora de casa, a dica é que esse morador consiga alguém para inspecionar sua casa.
Ela cita alguns cuidados que podem ser tomados. “É importante olhar se a caixa d’água está vedada. Caso não esteja, é necessário providenciar uma cobertura. Muitas pessoas têm o hábito de reutilizar água da chuva, também é necessário manter o recipiente tampado”.
Para Lara, é fundamental observar locais que sejam fixos, como ralos e vasos sanitários com pouco uso. “Nesses ambientes, o morador pode toda semana fazer a troca d’água e lavar com água e sabão”. A coordenadora orienta que quem tiver piscina em casa, o tratamento da água tem que estar adequado também para evitar a proliferação do mosquito. Os pneus devem estar cobertos. Caso não sejam mais utilizados, devem ser destinados para locais adequados. Garrafas devem estar viradas com a boca para baixo.
A população, segundo Lara, também deve estar atenta ao lixo acumulado. Recipientes que sejam propícios para o acúmulo de água, como casca de ovos, tampinhas de garrafa, plásticos em geral, devem ser recolhidos sempre. “No caso das plantas, os pratinhos devem ser lavados e cheios de areia. O quintal deve estar sempre capinado. Bebedouros de animais devem ser lavados toda semana e a água deve ser trocada”.
Monitoramento
Conforme o boletim epidemiológico semanal dos Agravos Transmitidos por Vetores de Zoonoses, Palmas registrou, entre os dias 11 a 17 de dezembro, 199 casos suspeitos de dengue, 38 de chikungunya e sete de zika vírus.
No acumulado do ano, o monitoramento das arboviroses informou 22.287 notificações suspeitas para dengue, 5.609 de chikungunya, 891 de zika e sete de febre amarela, sendo que, até o dia 21 de dezembro, foram confirmados 12.104 casos de dengue, 2.254 de chikungunya e 46 de zika vírus. Não houve confirmações para febre amarela no período.
Sintomas
Os principais sinais das enfermidades provocadas pelas arboviroses são febre alta, erupções cutâneas, dores musculares e articulares. Em casos suspeitos, a recomendação é de evitar a automedicação e procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência ainda no início dos sintomas.
Texto: Redação Semus
Edição: Deni Rocha/Secom