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Há cinco meses, um trágico acidente entre Natividade e Almas, na TO-280, tirou muitas vidas e Mita mostra sua força

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Quem viu a única mulher empunhando a bandeira do divino no Festival Cultural de Silvanópolis, região central do Estado, nessa sexta-feira (16), até podia não conhecer a sua história, mas sabia que uma grande força a levara até ali. Única a participar do evento, na categoria vênia, Miguelanes Crisóstomo, mulher negra quilombola, de 35 anos, mais conhecida como Mita, girava no ar a bandeira vermelha, ornada de fitas, com a paixão, o compromisso e o respeito que herdou do pai.

O momento expressado com tanta beleza e reverência, além de quebrar barreiras num campo cultural pouco acessível às mulheres, tem um significado ainda maior.  Há cinco meses, um trágico acidente entre Natividade e Almas, na TO-280, tirou a vida do pai Joaquim Crisóstomo, 65, e da mãe Antônia Crisóstomo, 58, e de outras 10 pessoas, interrompendo o compromisso que pai e filha haviam firmado um ano antes, de estarem juntos neste mesmo festival.

 

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