A retinopatia diabética é a principal causa de perda de visão entre os brasileiros

Pacientes com diabetes têm mais chances de ficarem cegos, alerta especialista. tratamentos-oftalmologicos

Mais de 13 milhões de brasileiros têm diabetes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o que representa 6,9% de toda a população do país. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a diabetes é uma doença considerada crônica que pode estar associada ao desenvolvimento de vários outros problemas graves de saúde, como a retinopatia diabética, sendo a principal causa de perda total de visão nas pessoas que têm de 20 a 64 anos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a retinopatia diabética atinge mais de 150 mil brasileiros por ano. Número que pode ser ainda maior devido à subnotificação dos casos. “A retinopatia diabética, inicialmente, não apresenta sintomas porque, apesar da gravidade, as lesões podem ser na periferia da retina, demorando a serem notadas e atrapalhando as chances de evitar que o problema se agrave”, alerta o oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas, Dr. Tauan de Oliveira. Em casos mais avançados, é comum que o paciente tenha embaçamento visual, visão de manchas, flashes de luz ou perda de campo de visão.

“A diabetes pode fazer com que os vasos sanguíneos do olho fiquem mais estreitos e sejam bloqueados, originando microaneurismas, que podem romper, causando hemorragia e infiltração de gordura na retina. Levando à perda parcial ou até total da visão”, acrescenta o médico. Segundo ele, a melhor forma de prevenir que a retinopatia cause a cegueira é controlar rigorosamente o nível de glicose no sangue, para isso, é preciso ter o acompanhamento de um endocrinologista, manter hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas.

Além disso, é muito importante que a pessoa com retinopatia diabética faça visitas regulares ao oftalmologista, já que a doença não tem cura, mas há tratamentos oftalmológicos capazes de estabilizá-la. Os métodos são variados e dependem do quadro de evolução do problema e da avaliação feita pelo médico que acompanha o paciente, mas entre as possibilidades estão o uso de lasers, medicamentos injetáveis, colírios e até cirurgias.

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